sexta-feira, 3 de maio de 2013

Navegando pelo DOURO

No cais de Miranda do Douro a saída do barco foi às 9h, para um passeio de 2h de duração.


Avistam-se as arribas graníticas que, do lado de Portugal, estão cobertas de vegetação e, do lado espanhol, apenas possuem a cor do granito e dos líquenes que testemunham a qualidade do ar que por aqui se respira.

A primeira curiosidade é o "2" formado pelas cores amarela dos líquenes e castanha do granito. Diz a lenda que as mulheres solteiras que não o avistem nunca se casarão, enquanto que as casadas, correm o risco de serem traídas por seus maridos. 

Onde está o "2"?

Os grifos planam aproveitando as correntes de ar quente. Ficando Miranda para trás o barco entra num vale em forma de U, originado há milhares de anos pela atividade sísmica e dominado pelo caudal do rio Douro. Entramos numa área de reserva ambiental cuja vida selvagem deve ser respeitada e apreciada ao pormenor. 



A tripulação é exímia nas explicações deliciando os visitantes.

Azinheira centenária, rochedos com formas bizarras, cascatas,baia das lontras (que devem estar a dormir), ninhos de cegonhas pretas... e de repente hei-las majestosas marcando o seu território, o casal de Águias- Reais, donas das arribas.
Ninho de Cegonha Preta que pode pesar 50kg

Urso- Polar o guardião da cascata


Cascata

O barco pára para uma subida a um socalco. Plataformas, em escada, com terra lá colocada e cultivada, numa época (sec. XV, XVI) cujas boas terras pertenciam à burguesia e que o povo tinha de fazer pela vida!! Nelas cultivavam laranjeiras, limoeiros, amendoeiras, oliveira,..., e criavam gado como cabras, para venderem a um bom preço. Também se dedicavam à criação de abelhas de onde extraiam o belíssimo mel que ainda hoje é conhecido naquela região.
Casa redonda (origem Celta) onde era guardado o gado durante a noite
Poço
O que resta das antigas COLMEIAS que, posteriormente, eram revestidas de excremento de vaca

Continuando pelo Douro encontramos o local por onde era feito o contrabando quer por parte dos portugueses quer pelos espanhóis. De lá trazíamos o tabaco, para lá levávamos açúcar, café e as famosas máquinas de costura Singer trazidas pelos nossos amigos ingleses.


Para finalizar o programa do cruzeiro foi feita a prova dos deliciosos vinhos do Porto e uma exibição de aves de rapina.

Coruja das Torres

Grifo

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