sexta-feira, 3 de maio de 2013

Visitando MIRANDA DO DOURO

Visitando Miranda do Douro, a cidade mais pequena de Portugal, temos a parte histórica que inclui a Sé Catedral, onde podemos apreciar a imagem do menino Jesus da Cartolinha. É um edifício de concepção maneirista, embora ainda com algumas soluções de caráter renascentista. Construída na mesma altura das Sés catedrais de Leiria e Portalegre, todas iniciadas no reinado de D. João III. 
Sé Catedral de Miranda do Douro
Menino Jesus da Cartolinha

Podemos ainda visitar as ruínas do Castelo onde se encontra uma área de lazer muito agradável e a Praça onde se encontra o Museu da Terra de Miranda. Curioso são as tabuletas de informação dos nomes das ruas que se encontram em Português e em Mirandês.

Muralhas

Praça e Museu
Na parte nova da cidade encontramos o parque urbano que circunda o rio Fresno, convidando a passeios pedonais com a possibilidade de utilizar máquinas de manutenção física... tudo isto com vista para magnificas quedas de água.
Parque Urbano do Rio Fresno - Miranda do Douro
Parque Urbano do Rio Fresno - Miranda do Douro

Sendo uma cidade fronteiriça, o comércio convida aos famosos souvenires típicos da região.
Rua do Mercado

Relativamente à gastronomia não esquecer de provar a famosa "Posta Mirandesa" ou o belíssimo "Bacalhau".

Posta Mirandesa

Navegando pelo DOURO

No cais de Miranda do Douro a saída do barco foi às 9h, para um passeio de 2h de duração.


Avistam-se as arribas graníticas que, do lado de Portugal, estão cobertas de vegetação e, do lado espanhol, apenas possuem a cor do granito e dos líquenes que testemunham a qualidade do ar que por aqui se respira.

A primeira curiosidade é o "2" formado pelas cores amarela dos líquenes e castanha do granito. Diz a lenda que as mulheres solteiras que não o avistem nunca se casarão, enquanto que as casadas, correm o risco de serem traídas por seus maridos. 

Onde está o "2"?

Os grifos planam aproveitando as correntes de ar quente. Ficando Miranda para trás o barco entra num vale em forma de U, originado há milhares de anos pela atividade sísmica e dominado pelo caudal do rio Douro. Entramos numa área de reserva ambiental cuja vida selvagem deve ser respeitada e apreciada ao pormenor. 



A tripulação é exímia nas explicações deliciando os visitantes.

Azinheira centenária, rochedos com formas bizarras, cascatas,baia das lontras (que devem estar a dormir), ninhos de cegonhas pretas... e de repente hei-las majestosas marcando o seu território, o casal de Águias- Reais, donas das arribas.
Ninho de Cegonha Preta que pode pesar 50kg

Urso- Polar o guardião da cascata


Cascata

O barco pára para uma subida a um socalco. Plataformas, em escada, com terra lá colocada e cultivada, numa época (sec. XV, XVI) cujas boas terras pertenciam à burguesia e que o povo tinha de fazer pela vida!! Nelas cultivavam laranjeiras, limoeiros, amendoeiras, oliveira,..., e criavam gado como cabras, para venderem a um bom preço. Também se dedicavam à criação de abelhas de onde extraiam o belíssimo mel que ainda hoje é conhecido naquela região.
Casa redonda (origem Celta) onde era guardado o gado durante a noite
Poço
O que resta das antigas COLMEIAS que, posteriormente, eram revestidas de excremento de vaca

Continuando pelo Douro encontramos o local por onde era feito o contrabando quer por parte dos portugueses quer pelos espanhóis. De lá trazíamos o tabaco, para lá levávamos açúcar, café e as famosas máquinas de costura Singer trazidas pelos nossos amigos ingleses.


Para finalizar o programa do cruzeiro foi feita a prova dos deliciosos vinhos do Porto e uma exibição de aves de rapina.

Coruja das Torres

Grifo